Ícone mundial agrada aos amantes de carros velozes há mais de 40 anos e a essência se mantém até na versão mais contida, mas pronta para apreciadores do pony car
Fotos: Marcello Oliveira/EM/D.A PRESS |
É verdade que pelas ruas das cidades americanas o esportivo de capô longo e traseira curta passa discretamente, mas sempre admirado. Isso ocorre porque o Mustang não é um carro raro nem restrito nos Estados Unidos. Um modelo zero-quilômetro é vendido a partir de US$ 22.145. A versão de entrada, a V6, já traduz toda a esportividade que se espera de um Mustang, mas
quando surge um legítimo Shelby — preparado pela divisão esportiva do modelo — é que as pessoas se contorcem para ver o mito passar, afinal, além de vistoso, é a versão mais cara do Mustang, comercializado por US$ 48.645. Para se ter o modelo conversível, pagam-se exatos US$ 5 mil a mais.
Em pleno verão americano, o modelo sem capota vira cena comum na ensolarada Miami, na qual o Vrum dirigiu a versão V6 premium 2010 do Mustang, mas em qualquer época do ano, o pony car é sucesso absoluto, inclusive entre os turistas, que podem alugá-lo em qualquer locadora da cidade.
No Brasil, com a confirmação da importação oficial do Chevrolet Camaro (o principal concorrente do Mustang) para o Brasil, cresce a expectativa em relação ao pony car da Ford para o
mercado brasileiro, mas, por enquanto, não há nenhuma confirmação da Ford do Brasil. Quem quiser ter um Mustang em terras brasileiras, deve que recorrer aos importadores independentes, que trazem o Mustang Cupê V6 por cerca de R$ 160 mil. Se o importador não tiver o modelo escolhido em estoque, o cliente terá que esperar durante 55 dias.
Dirigindo Ao dar a partida no Mustang, o ronco do motor já dá uma ideia do que nos espera. Comparado ao esportivo da Chevrolet, o Ford fica em vantagem na relação peso/potência, pois é 115kg mais leve que o Camaro. Aliado ao motor V6 3.7 litros com comando variável de válvulas, dá prazer ao dirigir, mas não se compara em nenhuma situação ao 5.4 V8 com mais de 500cv do Shelby. No modo Sport, que desliga totalmente o controle de tração, ele fica mais arisco, com as saídas de traseira em aceleração, mantendo a diversão de quem quer tirar o máximo de proveito.
O modelo testado era dotado de câmbio automático de seis velocidades sem opção de efetuar as trocas manualmente, diminuindo a dose de esportividade. Quem quer mais emoção, certamente opta pelo modelo manual. No volante, tem-se as funções necessárias, como piloto automático e controle do sistema de áudio.
O Ford Mustang é cômodo, mas conforto passa longe dele. A posição baixa para dirigir agrada somente a quem realmente é fã de carrões esportivos. Para os que pensam em comprar um Mustang apenas pela aparência exótica e não está acostumado com os “sport cars”, é melhor pensar em um Fusion, por exemplo, que é mais econômico, barato e oferece conforto a todos os ocupantes. A suspensão do novo Mustang foi reforçada pela Ford, deixando o carro ainda mais rígido. Os ocupantes percebem alguma eventual irregularidade do asfalto, mas não chega a ser desconfortável. Já a direção é bem direta e não tira a sensibilidade, apenas absorve algumas ondulações do solo, privilegiando o conforto.
O Ford Mustang tem o poder de nos envolver com sua esportividade e mesmo na versão mais “sem sal” ele já se impõe nas ruas como um verdadeiro esportivo de nome e sobrenome.
Traseira curta e alta, com grandes lanternas, reforçam a robustez e esportividade |
FICHA TÉCNICA
Motor
De 3.7 litros V6, de 309cv de potência e torque de 38,7kgfm
Transmissão
Tração traseira e transmissão automática de seis marchas com controles eletrônicos de estabilidade e de tração
Direção
Com assistência eletro-hidráulica.
Dimensões (metros)
Comprimento, 4,78; largura, 1,88; altura, 1,41; distância entre-eixos, 2,72
Capacidades
Porta-malas, 235 litros; tanque, 60 litros
Peso
1.567kg
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