Carina Mazarotto// Fotos: Guilber Hidaka
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EcoSport e CrossFox, prontos para o confronto
Enquanto fotógrafo e diretor de arte trabalhavam, EcoSport e CrossFox só tinham olhos para a selva urbana. Terra que é bom, só de vez em quando. Os dois nasceram para o asfalto e, depois de renovados, confirmaram: fazem parte do grupo dos “off-road de mentira”. Maldade? Nada, pelo contrário. Ser off-road na cidade virou moda. Depois do sucesso da Palio Adventure, em 1999, a Ford acertou em cheio com o EcoSport, em 2003, e, dois anos depois, veio o CrossFox. Agora o modelo da VW quer sair na frente: ganhou os bons costumes do novo Fox, perdeu alguns exageros da versão anterior (como o quebra-mato) e está mais equipado. Mas a Ford reagiu rápido: colocou mais itens de série no EcoSport e promoveu uma leve reestilização. A frente recebeu nova grade e nomenclatura no capô, ao estilo Land Rover Freelander.
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Na terra, o EcoSport se vira melhor que o CrossFox: passa com facilidade por buracos e pequenos barrancos
A dirigibilidade é mais interessante no CrossFox. O motor continua o mesmo 1.6 VHT de 104/101 cv (álcool/gasolina), combinado ao câmbio bem-sucedido de Gol e Polo, com trocas precisas e curtas. Já o propulsor 1.6 do EcoSport está menos potente devido às novas normas de emissões de poluentes. Agora o Ford tem 107/101 cv, contra 111/105 cv de antes. Isso deixou o jipinho mais lento, como aferimos em nossos testes. Na aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, o Eco precisou de um 1,2 s a mais que a versão anterior – e 0,9 s a mais que o rival.
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Com novos farois e sem quebra-mato, o aventureiro da VW ficou mais bonito. Bom conjunto mecânico e oferta de equipamentos são destaques. Já a versão Freestyle do EcoSport não oferece freios ABS e airbags nem como opcionais. Vale procurar as outras versões
O hatch da VW sai na frente na cidade. É mais ágil, fácil de manobrar e (aí sim!) passa por buracos com a pompa de um jipe – a altura livre do solo chega a 16 centímetros. Mas nesse ponto o Eco também é mais valente, com 20 cm de vão livre. O que atrapalha no CrossFox é o estepe traseiro. Apesar de ser uma de suas principais inovações – já que agora está fixado ao para-choque e não na coluna traseira –, o estepe toma quase metade do vidro traseiro, atrapalhando a visão. No EcoSport, ele não incomoda tanto. Aliás, vamos combinar: esse estepe, nos dois casos, só atrapalha. Para ter acesso ao porta-malas é preciso puxar o carro para frente e, aí, sim, liberar espaço para a porta abrir. No caso do VW, agora ficou mais fácil. Basta puxar o estepe para o lado que a tampa destrava automaticamente, mas ainda assim é preciso afastar o carro. Por falar em porta-malas, o EcoSport leva vantagem: 288 litros contra 257 l, além de seu compartimento ter menos reentrâncias.
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E ainda assim há diferenças aí: no meio desses opcionais, o CrossFox também ganha sensor de chuva e a função “Coming Leaving Home” (faróis ficam acesos por um tempo depois de descer do carro para iluminar seu caminho). O EcoSport traz como exclusividades a entrada para iPod e o compartimento refrigerado no painel. Mas o CrossFox vai além, e oferece opcionais interessantes como freios ABS, airbags frontais, sensor de estacionamento e teto solar. Completo, o VW alcança impagáveis R$ 61.801. Ainda assim, ele vence a disputa. Além do conjunto mecânico mais acertado, o CrossFox é mais moderno e oferece um ambiente interno agradável, seja pelo acabamento ou pelas opções de equipamentos.
referência
http://revistaautoesporte.globo.com/Revista/Autoesporte/0,,EMI141404-15846,00.html
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